domingo, 11 de dezembro de 2011

A Gravidez e o Parto


                             Adoro essa foto. Esse kanguru, eu comprei no shopping em Recife.
                          Foi a primeira coisa que comprei pra ela! Adorava levar ela assim ,
                                                        encostada no meu coração!



      Antes da minha barriga começar a aparecer, eu estava tão feliz, absurdamente feliz, como nunca fiquei em toda a minha vida! Eu me sentia mais iluminada do que a Marquês de Sapucaí nos dias de desfile das escolas de samba no carnaval! Eu me sentia em estado de graça. Uma vontade louca de comprar roupas especiais para grávidas, eu queria que o mundo compartilhasse com a minha gravidez!
    Comprei as roupas novas e queria ir passear na Beira-Mar de noite com o meu marido. Eu sentia uma necessidade enorme de me mostrar grávida e adoraria que alguém me perguntasse ou me olhasse porque eu estava grávida! Era uma coisa de maluca! Assim: se alguém me surpreendesse e perguntasse ou afirmasse se eu estava grávida, e ela me daria os parabéns, nossa! Que maravilha! Eu ficava mais consciente que era verdade! E ouvi muito e até me convenci, mas bom mesmo, foi qdo me vi no espelho com a barriga grande, já. Tive sinais de tristeza também durante esse período. Tinha perdido toda a minha família e não tinha ninguém tão importante para eu mostrar e contar o quanto eu estava feliz. Mas minha criança estava a caminho e sozinha, eu não estava mais! Ah! Como isso é valioso, é tudo! E minha filha desde esses primeiros dias até hoje, sempre significou “TUDO” na minha vida! Eu entendia a vida agora só eu e ela! Eu tinha meu marido, que estava feliz como todos os pais ficam. A minha loucura era uma coisa de me deixar com tanto medo de perder aquela criança, que pirei! Acabei indo várias vezes ao hospital alegando coisas que depois o médico descobriu que eram tudo psicológico. Claro que eu sentia as dores que dizia, tanto que até internada fui duas vezes. O médico percebeu porque eu antes tinha um medo enorme, medo de injeção kkkk, achava que só passaria a dor com injeção. Remédio eu dizia que não fazia efeito (kkkkk). O médico sempre dizia que tudo estava muito normal, comigo e com o bebê! Como eu já tinha perdido um Bebê, num aborto espontâneo, causou essa doidice na minha cabeça! O médico percebeu que era psicológico e ao invés de me dá remédio, eu pedia a injeção, que eu achava que era fortíssima e a dor passava. Então ele colocava soro  na injeção e fazia o efeito que eu esperava. Eu pensava que era remédio forte e ficava boazinha! Só fiquei sabendo depois que a minha filha nasceu! Imagina como me senti? Kkk Deixa pra lá! Kkk A parte boa era comprar as coisas, berço, mamadeira, fraldas ...Nossa ! Eu me sentia brincando de boneca! Era um sonho... O sonho mais bonito que eu ia ter! Deus! Eu me lembrava da minha família, minha mãe, meu pai, e meu único irmão e ficava imaginando a alegria de cada um. Nessa hora eu chorava, mas na mesma hora, pensava que ia ter a melhor companhia do mundo! E o medo de não saber ser mãe! Eita, cabeça ansiosa! Eu já tinha tudo pronto, nada faltava, graças a Deus!
Surpresa foi quando fui ao médico para consulta de rotina e ele disse que eu fosse para a maternidade que ele ia fazer o parto no dia seguinte de manhã!
    Minha cunhada tinha passado aqui em casa e disse que precisava lavar tudo do Bebê e levou para a casa dela todo o enxoval da minha filha! Fui para o hospital e meu marido depois de me deixar lá, foi atrás do enxoval com a irmã dele. Ninguém esperava por isso agora! No quarto do hospital, sozinha, que falta da minha família eu senti! Mas eu ia conversando com eles, como se lá estivessem comigo! Pensava também se tudo ia correr bem no parto. Confiei muito em Deus, e foi assim que muito cedo, no dia seguinte, o meu médico, que era meu primo, passou no meu apto do hospital e me avisou que estava na hora. Nossa! Deitei naquela maca, para ir pra sala de parto. Chegando lá, os médicos anestesista, pediatra, o obstetra e nem sei quantas enfermeiras tinham lá! Sentei-me na mesa de operação, com um medo que me deixou literalmente, muda! O anestesista tentou brincar comigo, me distraindo em vão, perguntando algo para me detrair e eu relaxar mesmo. Quando eu respondia, kkkk a minha voz era só um fiasco de som trêmulo e fino, saindo com muita dificuldade da minha boca de tão emocionada e nervosa que eu estava naquele momento! Foi cesariano. Eu vi do meu lado que a minha pressão estava 22. Até que ouvi a voz do Sílvio, meu primo e meu médico, mandando desligar o ar condicionado. E em seguida um choro forte e preguiçoso. Meu primo falou:
- Ou pulmão bom! Kkkk
Fiquei escutando e esperando, me trazerem ela! Foi quando a pediatra chegou e disse:
- Dona Beth, está aqui a sua filha!” Quando eu virei e vi minha filha toda enrolada numa manta azul e olhei para ela, ela me deu uma encarada, que eu fiquei sem jeito. Nós estávamos sendo apresentadas ali. A primeira coisa que perguntei a pediatra foi se ela era normal e se estava bem?  Ela respondeu que sim. Depois levou ela para os procedimentos de limpeza, essas coisas. Quando a pediatra saiu da sala de operação, e os médicos estavam ainda fechando a minha barriga, meu marido estava lá na porta esperando e ela perguntou se ele era o pai dela? Ele correu e assim que olhou para ela, ela abriu o berreiro kkkk e ele aflito disse que podia levá-la que ele não queria atrapalhar. Depois meu marido ficou de plantão enquanto ela ficou no berçário, olhando e vendo tudo que as enfermeiras faziam. E assim nasceu a Minha Paulinha.

(2) Foto. Aqui fomos fazer um passeio na Praia de Iracema, que estava ganhando uma nova estrutura e hoje em dia, está ganhando outro trato para ficar melhor e mais bonita! Ela com o pai dela. Eu tirei essa foto acima.
 (4) Foto. Aqui, ela tinha um mês de vida! Eu já sabia ser mãe! kkk Enfeitei ela  todinha, coloquei uma pulseirinha, ela já usava brinco, e já tinha mamado. Adorava o programa da Xuxa, o que deixava minhas amigas impressionados com a atenção dela na televisão. Se mudasse o canal, ela chorava e eu voltava pra Xuxa. Eu sou muito apaixonada por ela. No dia 20 de agosto, eu dei a Luz a ela e hoje ela é a Luz da minha vida.







                                                                                                                    Beth Fernandes



O Motivo desse Blog.


                     Oi! Tudo Bem?
                    Seja Bem-vindo!

   O motivo desse blog é contar sobre a minha experiência de ser mãe! Quando tive minha única filha, ainda não existia um lugar como esse, onde quem quiser, pode ver, participar, conhecer, comentar, aprender ou até mesmo se identificar e corujar como eu! Sou mãe Coruja, confessa! Eu sempre fui louca por crianças, sou Pedagoga, Professora Municipal e Supervisora Escolar Estadual. Realmente, meu instinto maternal era aguçado desde muito cedo... E eu adorava bebês e crianças; elas me alegravam muito e me deixavam leve e feliz! Foi por isso que Pedagogia tinha tudo a ver comigo! Era um barato! Eu curtia de montão! Entendia demais aquele mundo infantil, no qual eu me identificava tanto. Eu sabia todas as brincadeiras que as crianças adoravam e curtiam.
     Acontecia também muita coisa engraçada, devido a minha pouca experiência em lidar com elas nessas circunstâncias. Um caso engraçado, pra mim, foi quando precisei levar um  menino de 3 anos ao banheiro. Pode até parecer uma bobagem, mas para mim isso era bem complicado! Só tive um irmão mais novo, com pouca diferença de idade, de maneira que não pude vivenciar essas coisas que as babás tão bem sabem fazer! Aconteceu uma coisa engraçada no tempo em que eu era estagiária, em uma escolinha particular em Santa Teresa-RJ. Um garotinho queria ir ao banheiro fazer xixi, kkk , e a freira me pediu que o levasse ao banheiro. Fui pensativa... Segurando a mãozinha dele e fui conversando até o banheiro.  Chegando lá ele apressou-se e disse: “ajuda tia... não tô segurando mais..." e eu fui abrir a braguilha de um uniforme de calças curtinha para tirar o documento do garotinho pra ele fazer xixi. Inexperientes e sem graça, tentava tirar pela braguilha e o pintinho do garoto ficava só rodando e eu não sabia que baixando a calça dele seria a atitude certa e não pela braguilha, kkkk. Nossa! que sufoco e que vergonha de não saber fazer uma coisa tão boba!
     Outra vez levei outro garotinho e abaixei o uniforme dele, e o sentei no vaso infantil. Deixei-o a vontade, era cocô! Antes falei pra ele: “Olha, a Tia está aqui fora esperando. Quando vc terminar, vc me chama tá bom?"
     No que ele respondeu balançando a cabeça que sim. Dei uma espiadela  para conferir se ele estava direitinho lá...kkk  aaaaaah! mas foi uma surpresa muito estranha! Ele fazia o cocozinho dele e ia derramando o xampu junto no vaso sanitário. Cheguei de mansinho rindo, não consegui falar sem morrer de rir... Eu nunca tinha visto algo assim...! O que significava aquilo? Risos. Falei pra ele, tomando devagarzinho, sem  nenhuma gravidade,                                                                                                                                       que não derramasse o xampu no vaso sanitário. Ele então me disse  que estava sujo. Resolvido tudo, fiquei depois sabendo que a mãe dele tinha mania de limpeza, e ele era perturbado com as coisas dela! kkk.e eu sabia disso? kkkk.  Sabe, é muito bom ! A gente ensina e aprende e de quebra ainda se diverte! Tudo isso eu era solteira e morava com meu pai, minha mãe e meu irmão. Nós éramos uma família muito alto astral, tudo era motivo de riso e descontração!
                                                                                                             Bjus de Luz!

   

                                                                                                          Beth Fernandes

Do Rio de Janeiro a Fortaleza





  Depois eu me graduei em Pedagogia, no Rio de Janeiro, vim para Fortaleza, trabalhar como Supervisora Escolar e professora. Casei e estou casada até hoje! Vc pode não acreditar... Pasmar... Mas estou com o mesmo marido até hoje! Nossa! Muita gente me pergunta como eu posso agüentar isso? Kkk Ééééée´!Ou então me cobram a falta de criatividade, permanecer com o mesmo marido por tanto tempo!.Mas é isso aí! Ninguém é perfeito mesmo! kkkk Acho que o meu segredo é o seguinte: sou uma pessoa que vivo na minha. Ajudo quem precisa mas não me meto na vida de ninguém. Meu marido só fica comigo pq é a fim de ficar, assim como eu com ele. Não corto a de ninguém. Não cobro nada, não peço nada. O que eu quero eu faço e sempre sou sensata. Gosto da vida e sei curtir e usufruir o que ela tem de melhor. Sou mesmo apaixonada pela natureza que me energiza visivelmente. Faço o que gosto! Também já fiz o que foi preciso, como engolir sapos e lagartos como funcionária pública, e ter que agüentar os ossos do ofício. Mas sempre procurei mesmo nas horas mais difíceis, enxergar a parte boa e não valorizar o que me desagradava. Respeitava todos e me envolvia somente o necessário com quem não me inspirava confiança. Nunca quis cargo de comando, pois comando, nem da minha vida, pois é guiada por Deus! Procuro sempre fazer o meu melhor por mim. Gosto de ser assim. Sou alegre, existe muita felicidade dentro de mim, adoro praia, mar, piscina, cachoeira, rio, conhecer gente inteligente, pode ser rico ou pobre, mas que saiba das coisas da vida. Gosto de gente atrapalhada tbm, elas me soltam mais ainda o riso, mas se eu posso ajudar alguém... Não me faço de rogada. Sou fácil de lidar. Sei ouvir, compreender, não sei como, mas sinto que inspiro nas pessoas confiança. Mas tbm tem meu lado maluca que hoje é o que mais uso. Hoje me dou o direito de ser irreverente e espontânea do jeito que estou afim de ser. Estou aposentada, e filha criada, já não preciso dar tanto exemplo. Minha família (pai, mãe, irmão e avó) já fez a passagem, pronto! Posso ser eu mesma, em carne, osso e alma!
                                Paz e Beijos de Luz!




  
                                                   Deus nos abençoe com Muita Paz e Luz!
                                                                           Beth Fernandes

Chegando em Fortaleza

 
 
    Quando cheguei a Fortaleza, comecei a trabalhar em dois expedientes. Conheci e casei com meu marido. Viajávamos muito, nas férias de julho e no recesso do fim de ano. Isso sem contar os fins de semana e feriados. Começamos a desenhar uma gravidez que não acontecia. Todos os meses, eu ficava torcendo e logo triste qdo contatava eu não tinha engravidado. Após dois anos e meio, engravidei e como era muito comum demorar e depois se decepcionar, fui deixando. Num fim de semana que viajamos para a praia da Caponga, meu marido me puxou para deitar na rede com ele e caímos da rede. Logo depois, percebi que a menstruação tava dando sinais em pingos. Já sabia que ela ia chegar, mas já queria sonhar numa possível gravidez que eu nem acreditava mais. No dia do meu aniversário, tive um aborto espontâneo e fui para maternidade. Fiquei sabendo que estava grávida. Nossa! Que alegria! Sabia que teria que fazer uma curetagem. Ainda assim eu estava muito alegre, pq achava que tendo engravidado uma vez, poderia engravidar a segunda vez! Era possível sim, ser mãe! Isso já era uma alegria louca! Senti ter perdido esse bebê, mas só pensei que se não deu certo agora ia dar depois! Nasceu a esperança no meu coração! Quase dois anos depois, de espera, creditando ser daquela vez, a cada mês, e se decepcionando pouco depois, até que  um dia fui abençoada e estava grávida! Foi assim:
    - Eu e meu marido achávamos que dessa vez era de verdade, que eu deveria mesmo estar grávida. Ele foi me deixar na escola onde eu trabalhava e de lá levou o material para o laboratório a fim de saber se eu estava ou não grávida. Na Escola, eu tentava me acalmar torcendo pra ser verdade e temendo me decepcionar. Tentei esquecer, não conseguia. Tratava de me preparar psicologicamente o tempo todo. Já era a hora do recreio e o meu marido não tinha aparecido lá na escola. Eu achava que se eu estivesse grávida, na mesma hora ele ia me contar. Terminou o recreio e ele nada de aparecer. Conclui que não deveria ter dado certo, senão ele já estaria lá. Já estava me conformando. Quando terminou a aula, ele já estava me esperando como sempre. Ele me mostrou o resultado sem nada dizer e me olhando. Peguei o papel do exame olhei e tinha escrito “positivo”. Olhei pra ele e disse:
     - E aí? O que o homem falou? Perguntei.
     - Não está vendo aí não?
     - Aqui tem positivo e daí?
Ele falou:
    - E daí, que vc está grávida! Ele falou numa felicidade doida!
  - Como assim? Será que isso tá certo? Foi quando ele me contou como tinha acontecido lá no laboratório: “Cheguei e pedi que fizesse o exame de gravidez, pra saber se a mulher dele estava grávida.”
  O meu marido tinha certeza que eu só podia está grávida, com o atraso da minha menstruação e um pouquinho de barriga e seios doloridos. Ele esperava a confirmação! ( kkkkk)O rapaz do laboratório chegou, e falou que tinha dado negativo. Meu marido apelou para o barraco e disse que estava errado aquele exame. O Rapaz disse que tinha feito por um método, mas que não era muito certo, e que ia fazer novamente, mas dessa vez com um método mais garantido. Meu marido estava sentado numa sala que tinha um corredor que dava para ver um pouco do movimento do pessoal do laboratório. Ficou olhando lá pra dentro direto aguardando a resposta. Foi quando o rapaz falou que tinha sido positivo, mostrando o polegar! Nossa!  Ele ficou muito alegre e louco que a aula terminasse pra ir me mostrar. Foi como eu já contei antes.
    Acontece que ele ficou admirado, olhando pra mim pq não acreditei , suspeitei que pudesse está errado, não me alegrei. Ele insistia dizendo o quanto esse exame era garantido e seguro. Ah! como eu queria me entusiasmar, mas me segurei, me agüentei até que marquei uma ultra-sonografia com um médico e numa clinica muito renomada. Quando fui entrar no consultório, pedi a meu marido para ir sozinha. Não queria decepcioná-lo, preferia depois falar para ele que não era verdade. Entrei sozinha e começou o exame. Com a barriga lambuzada de gel gelado, e o médico passando aquele aparelho que parece um mouse de PC, meus olhos estavam ligados olhando a imagem de nada! Timidamente perguntei:
    - Então, doutor? Estou grávida ou não? Ele apontou um pontinho na tela e disse:
    - Vc está vendo esse pontinho que acende e apaga, que fica piscando?
    - Sim, estou! Mas o que é que tem isso? Perguntei assustada.
- É o coraçãozinho do seu filho que está batendo! Fiquei muda, surda e com o olho parado no monitor! Acreditei, pasmei, meu coração pulava como se fosse numa cama elástica, um estado de êxtase, um deslumbramento, uma vontade de sair correndo olhar para o Céu e agradecer a Jesus, gritar para minha família toda que já tinha feito a passagem, que eu estava grávida!  Ia ter um Bebê! Foi uma explosão vulcânica dentro de mim e uma tontura de nervoso e êxtase, nem sei como sobrevivi a tanta emoção! Nossa! Eu precisava acreditar nisso, sabia comprovadamente, mas cadê que a ficha caia na minha cabeça. Tentei me controlar para ouvir as orientações médicas, e os próximos procedimentos. Saindo dali fui falar com meu marido, e dizia lamentei não o ter deixado entrar junto comigo, porque ele precisava ter visto o coraçãozinho do nosso filho batendo... Era incrível! E saí, prometendo na próxima vez que eu fosse fazer o ultra-som deixá-lo entrar pra ver! E assim fomos embora felizes da vida e eu sem me agüentar de tanto contentamento. Agora eu ia ter alguém meu de verdade! Marido é hoje, mas não é amanhã! Eu pensava. E filho é pra toda vida! Eu era a mulher mais feliz do mundo e sabia! Será que alguém pode imaginar? Não acredito! Eu me sentia em estado de graça! Deus! Quanta Luz!
                                                              Bjos!
                                                    Muita Paz e Muita Luz!
                                                                                 Beth Fernandes